13 de out. de 2009

Georges Rouault


PONTO FINAL

Aqui o vento não guia
O sopro não arrepia
O santo padece.

Aqui o verso não rima
O banjo não toca
O cárcere cativa.

Aqui o beijo não é na boca
A língua não lambe
O mosquito agradece.

Aqui não há vagas,
Não há luas,
Não é o começo de nada.

Aqui o verbo não auxilia
A sílaba é única,
A palavra atrofia.



4 comentários:

Amanda Julieta disse...

Márcio querido,
Eu voltei.
E voltei emocionada de ler tua poesia. Carregada de saudade de seus lindos versos...
Beijos,
Amandita.

Márcio Jorge disse...

Agradeço Amandita pelas palavras sempre carinhosas! Seja bem-vinda, a poesia precisa muito de seus versos!!!
Beijos.

Amanda Julieta disse...

Também não sei, Márcio, por que motivo abandonei meu pausa... Mas não posso viver sem poesia, não posso...
Obrigada pela visita e pelas palavras...
Beijos,
Mandita.

Paixão, M. disse...

Márcio, olá!

ponha um tracinho sob esse ponto final: faça ponto e vírgula. e mate esse mosquito, rs.

engenhosidade com as palavras.. :)

muito obrigada sempre por sua presença no meu espaço.

abração!