28 de set. de 2009

Cândido Portinari

METAVORAZ

Fiz da hora “H”
Um raro instante
E de cada segundo que passou
Um infinito de portas entreabertas
Eterna meta,
Não só de um poeta!
Eterna meta,
Vida pouca!

Fiz de mim
Um sujeito assim calado
A procura de metas e metáforas
Eternos passos
Afogando o medo de não ter da meta:
A metade!
Que seja metáfora enquanto dure
E que seja arte se for eterna
(qual será a meta?)

Fiz da palavra
Um refúgio,
Entre versos que teimam
Em vencer o tema
Consumindo-me até o fim

Fiz de mim
Um sujeito assim romântico
Eterno estrangeiro
Fora da meta.


Escrevi este poema na adolescência após ouvir pela primeira vez a canção ” Metáfora” de Gilberto Gil.



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