30 de dez. de 2014

DEZEMBRO

Paul Klee















Foi só pensar no caminho
Na correnteza que me traz de volta
Fez-se o silêncio solitário
Em cada sopro que abre as rosas.

Um corpo em desalinho
Sobre as águas que dobram as esquinas
Em ondas de íntimo temor
No conto final de dezembro.

Entre rochas e labaredas
Uma fronteira então aparece
E a ponta de estrela invisível perfura o peito
Ou quem sabe apenas uma palavra perdida,

Medo ou acalanto?