foto: Márcio Jorge |
COMPOSIÇÃO
Quero estar
No imaginável limite
Entre o céu e o mar,
Tragando o mistério
E o costume de segui-lo.
Quero sentir
De cada verso escrito
Um devasso mundo contido,
Atravessando o avesso do verso
Em rimas sólidas, sem disfarce!
Enquanto confesso,
Viajo calmamente em cidades caóticas
De fendas profundas e deuses eternos.
Quero querer
De vez em quando o acaso
Abusar do gozo insano
Em plena tarde de outono
Ou em plena tarde qualquer.
É preciso reinventar o sorriso
E comemorar a madrugada vazia
Como são aqueles
Que fazem do seu dia
A promessa de ontem.
Quero colher
Os pedaços que me faltam
Absorvendo o puro reflexo
Mesmo que pareça complexo
Tragar o próprio mistério.
É preciso continuar querendo
Flores de todos os jardins
Espatifando os imundos espinhos
Esses daninhos,
Fel do clã
que se compôs.
Quero estar
No imaginável limite
Entre o céu e o mar,
Tragando o mistério
E o costume de segui-lo.
Quero sentir
De cada verso escrito
Um devasso mundo contido,
Atravessando o avesso do verso
Em rimas sólidas, sem disfarce!
Enquanto confesso,
Viajo calmamente em cidades caóticas
De fendas profundas e deuses eternos.
Quero querer
De vez em quando o acaso
Abusar do gozo insano
Em plena tarde de outono
Ou em plena tarde qualquer.
É preciso reinventar o sorriso
E comemorar a madrugada vazia
Como são aqueles
Que fazem do seu dia
A promessa de ontem.
Quero colher
Os pedaços que me faltam
Absorvendo o puro reflexo
Mesmo que pareça complexo
Tragar o próprio mistério.
É preciso continuar querendo
Flores de todos os jardins
Espatifando os imundos espinhos
Esses daninhos,
Fel do clã
que se compôs.
Um comentário:
"É preciso reinventar o sorriso
E comemorar a madrugada vazia..."
Que lindo isso... É preciso reinventar tudo, sempre... Já dizia Cecília..
Assino embaixo das palavras dos dois.
Boa sorte pra nós na empreitada :)
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