30 de dez. de 2009

Angeli


















FECHADO PARA BALANÇO!

O tempo passa e a história sempre se repete. Uns aumentam um pouquinho, outros inventam um tanto, porém ainda existem aqueles que descrevem exatamente as ocorrências do ano findado. Todos fecham para balanço e assim começam as reflexões sobre tudo o que já foi e não foi realizado. Êta choradeira!!!

Para não provocar avexamento, aviso logo aos navegantes que dessa vez vou fazer diferente. Não quero enumerar os meus descontentos, nem estender um tapete vermelho para orgulhosamente despejar as minhas conquistas, NÃO QUERO! Não vou agradecer, muito menos pedir alguma graça, quero apenas relembrar uma única coisa: estou vivo! Então, o que devo dizer ao constatar que continuo na singela “obrigação” de representar a mesma personagem da nobre condição humana? Antes que eu questionasse o sentido desta constatação, um livro do Pessoa caiu sobre minha cabeça e me trouxe a verdadeira importância daquilo que começara a pensar.

É sim! Claro que a poesia é um motivo que me faz lembrar o quanto estou vivo, assim como o mar, o sol, a lua, a chuva, o amor, a música, os bichos, os amigos, a família, o sofrimento, o açaí com morango, etc, etc, etc... Mesmo com tantos motivos “vivos”, o fio que conduz o caminho parece inatingível. Sei que temos medo e o sorriso já não se faz presente como outrora. O mundo está tão complicado, que perguntei a um lindo sofrê que pousou em minha varanda, porque tanta criança sofre, pois isso deveria ser coisa só de adulto. O pobre passarinho não soube me responder e voou como quem foge do assunto indesejado. Já disse que o mundo não está para brincadeira e ser otimista virou uma questão de heroísmo. Mas, pode parar tudo!!! Havia dito que não gastaria palavras para desafogar lamentos, não foi mesmo? Por isso, no amanhecer de mais um ano, vamos buscar no amor, a semente de tudo aquilo que nos alimenta!

Como não vou fechar para balanço, quero simplesmente dizer mais uma vez: CONTINUO VIVO!


Márcio Jorge.

Um comentário:

Amanda Julieta disse...

Estamos vivos!, afinal. Mas extremamente saudosa de sua poesia, de suas palavras encantadas...
Beijos, querido!
Amanda.