3 de mar. de 2009

foto: Pierre Verger

OS BARCOS

Na sóbria manhã que nasce
Oscilam as pálpebras alertas...

Os barcos,
Dentro dos meus olhos de náufrago
Também oscilam,
no espelho de águas infinitas.

A esmo conduzo o meu corpo
Ao porto clemente:
Oh, navegantes barcos perdidos!
Deslizam pelo mar revolto
Esgotando minha sede oscilante,
Como pálpebras,
Oscilante,
Como os barcos!

Um comentário:

Paixão, M. disse...

adorei esse! belíssima analogia :)