27 de mai. de 2008




O BREJO

Tudo foi para o brejo!
E agora?
Rales, barangas, barões,
mendigos, patrícias, maurícios,
Napoleões...

A trêmula flâmula
Esquecida no mastro
É farrapo,
imperceptível.

Tudo foi para o brejo!
E agora?
Famintos, magos, reis,
telúricas, carmelitas, canálias,
Xiitas...

A lama na cama
Nunca foi tão comum
O trono vazio
Ah! Este sim,
perceptível.

Tudo foi para o brejo!
E agora?
Espertos, casados, solteiros,
sortudos, otários, gatunos,
Celibatários...

A lata no meio da rua
O cisco no olho
O alvo incerto
e o lixo continua na lata.

Tudo foi para o brejo!
E agora?
Poetas, pivetes, palhaços,
vassalos, casais, bichas,
Comensais...

O ruído devora a melodia
Esta, sem alforria
É litígio,
inconcebível.

Tudo foi para o brejo,
Até a vaca.

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