A MARGEM DA SOLIDÃO
Pobre casulo disforme
Moribundo, faz-se do fio
que tece a solidão
Pobre noite sem luz
Lânguida, faz-se da sombra
que contorna a solidão
Pobre solidão ofegante
Mórbida, desfaz-se num confortável dia
Sem dor.
Márcio Jorge
obra de Paul Cézanne
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