29 de mai. de 2008


A MARGEM DA SOLIDÃO

Pobre casulo disforme
Moribundo, faz-se do fio
que tece a solidão

Pobre noite sem luz
Lânguida, faz-se da sombra
que contorna a solidão

Pobre solidão ofegante
Mórbida, desfaz-se num confortável dia
Sem dor.


Márcio Jorge

obra de Paul Cézanne


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