10 de dez. de 2015

QUASE UM SONETO PARA DIAS E NOITES

foto arte: Márcio Jorge












Por esse tanto azul que remove
A cortina dos dizeres ardis
Trago na mão o amargo da sombra
A lançá-lo no rasgo de vento.

É manhã, ainda lá fora
Escurecem meus olhos com a brancura do tempo
Presságio de gostos e sonhos amenos
Na espera sorridente das estrelas.

O escuro da noite atravessa
O inteiro espaço presente
Odores de perfume e mistério.

No turvo reflexo das águas
Madrugada deixa em meus braços cair,
A delicada flor do novo dia.            


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(foto arte: Rio da Prata, Colônia do Sacramento - Uruguai)


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