7 de out. de 2008


AÇOITE

Cândido Portinari


A noite extravasa o meu verso,
A ira trafega em veias suntuosas.

A palavra invade o meu silêncio
E os capilares ordenham o sangue
Em cada esquina que se ouve as baionetas
Ou serão meros torpedos?
Quem apostará?

O açoite não veio da noite
Mas de um dia claro

Por demais claro...

Márcio Jorge

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