QUASE UM SONETO PARA DIAS E NOITES
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| foto arte: Márcio Jorge | 
Por esse tanto azul que remove
A cortina dos dizeres ardis
Trago na mão o amargo da sombra
A lançá-lo no rasgo de vento.
É manhã, ainda lá fora
Escurecem meus olhos com a brancura do tempo
Presságio de gostos e sonhos amenos 
Na espera sorridente das estrelas.
O escuro da noite atravessa 
O inteiro espaço presente
Odores de perfume e mistério.
No turvo reflexo das águas
Madrugada deixa em meus braços cair,
A
delicada flor do novo dia.            
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(foto arte: Rio da Prata, Colônia do Sacramento - Uruguai)








