14 de dez. de 2008

MANDENGOS 









Havia (só) uma noite de lua minguante

Mínguas de lua para mim

Para que?  

 

Havia um desejo secreto sob aquele sorriso discreto  

Onde estão as estrelas da noite minguante?   

As mínguas esparramam-se como pó

Em fornalhas, 

apodrecem as miudezas...

 

Havia uma noite de lua minguante,

Crescente no sentido vário

Rara gota de esperança 

Para que?

Para despejar o pó em relicário descoberto

Para transpor caminhos, vales,

selvas e mandengos...    


Havia uma história invertida

Um recado, 

uma ponte levando para o mesmo lado.                  

          

...

 Ilustração: Camile Pissarro


Um comentário:

Paixão, M. disse...

tarsila, maravilhosa..

e você, poesia enigmática, cheia de sentires. adoro!

aproveito pra deixar um feliz ano novo!

beijos