OH, MINAS GERAIS!
Ontem estive presente em mais um pouso do 14 Bis em Salvador. Fazia tempo que a banda mineira não aterrissava em solo baiano e a nostalgia tomou conta do sempre agradável Teatro Castro Alves. Todos pareciam ansiosos por uma bela apresentação da banda que marcou época nos anos 80 e continua emocionando novas gerações. Com poucas canções novas no roteiro do espetáculo, o show iniciou com a deliciosa música de Milton Nascimento e Fernando Brant Bola de Meia, Bola de Gude e continuou apresentando grandes sucessos como: Todo Azul do Mar, Espanhola, Caçador de Mim, Natural e Canção da América. Um dos momentos mais emocionantes foi quando Cláudio Venturini lembrou o inesquecível Renato Russo, cantando Mais uma Vez e quando interpretou Planeta Sonho, levando o público ao delírio completo. No final do bis, a galera não agüentou ficar nas cadeiras e desceu para perto do palco, onde todos cantaram com a banda o clássico Linda Juventude, encerrando mais um capítulo especial do 14 Bis na Bahia.
Tenho uma identificação forte com Minas Gerais e devo confessar que a música mineira é uma das responsáveis pela formação desse elo, que não sei direito como e quando se originou. Morei 3 meses em BH, mas muito antes já sentia algo diferente pela cultura mineira. Recentemente, em uma das minhas viagens musicais, redescobri uma obra-prima da MPB, o cd CLUBE DA ESQUINA 2, digo redescobri, porque não lembrava como é simplesmente genial esse trabalho, sem dúvida, um dos maiores registros musicais de todos os tempos. Comentei com o meu grande amigo Uber, que por coincidência (ou não), justamente antes do nosso papo, andou cantarolando em casa uma das músicas dos mineirinhos. De Minas posso citar diversos talentos que admiro bastante, mas Milton Nascimento é o que podemos chamar de sublime, ESPETACULAR! Bem, fico a espera de outros grandes momentos musicais como o show do 14 Bis e termino este papo baiano/mineiro com doces palavras do poeta:
“Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou...”
Milton Nascimento