Maurice de Vlaminck |
PASSOS NA CONTRAMÃO
... E de leve perdi o riso
Beijei a flor
Ao sentir a brisa
Afinal,
De quem será a brisa?
Tal como a nascente
Parte a sombra de quem não mais existe.
O tempo e o homem
Comovem,
Suas queixas desvalidas
São tão novas quanto à bruta pedra polida.
Dentro da gruta infinita
Escondo esta alma de bardo
Ou apenas um semblante estarrecido,
Ingênuo
E por que não alegre dizer?
Sério brinquedo
Acima de um abismo.