ENTRE VARIÁVEISSomos sós,
Dentro da multidão
E no intruso vazio que nos cerca
Somos livres,
Atados pelo nó apertado
E pela palavra concreta
Que já não assola o medo
Somos inteiros,
Um caso a parte
Parte partida ao meio
Em cacos perdidos e feridas vivas
Somos guerra,
Um paraíso confuso
Então,
Cadê o pecado?
Eu digo
Juro que confesso
Sem Deus
E sem profeta
Declamo agora:
Somos arte!foto e texto: Márcio Jorge